Foi-se o tempo que as missas eram celebradas de costas para os fieis e feitas em latim, à necessidade de interação dos fieis com o sacerdote e de ares mais antenados com os novos tempos, foram o terreno fértil para um novo estilo de missas, cheias de louvores e com sermões mais curtos. Movimentos como a RCC (Renovação Carismática Católica) que deram fôlego novo para a Igreja Católica, conseguem renovar a fé de muitos fieis e atrair os jovens para dentro das igrejas.
A expressão máxima dos novos tempos são as grandes missas realizadas em estádios ou grandes espaços abertos que atraem milhares de pessoas, essas verdadeiras Show missas incluem os padres-cantores, artistas famosos e muitas coreografias. Os padres-cantores que apesar de preservarem os princípios da fé católica, já estão inseridos na Indústria Cultural, estes que são nacionalmente reconhecidos são assediados por grupos de fans-fieis, tornando-se verdadeiras celebridades, devido à inserção na grande mídia, principalmente a televisiva.
Nesse terreno estão incluídos estrelas do catolicismo midiatico, como o padre Marcelo Rossi, padre Zé Maria e mais recentemente o padre Fabio de Melo.
A utilização dos Meios de comunicação de massa pela Igreja e consequentemente da apropriação dos “modos de fazer” da Indústria Cultural, pela Igreja Católica, acabam delineando o Catolicismo Midiatico.
As show missas e os padres performáticos ampliam a presença da igreja na mídia e podem promover a aproximação e a adesão de fieis e consumidores.Dessa maneira Industria Cultural e Igreja Católica conseguem atingir seus objetivos, a primeira espera as cifras provenientes dos produtos deste mercado consumidor e a segunda consegue resposta aos esforços empregados em atrair fieis.

A Igreja e a Indústria Cultural

A Indústria Cultural esta presente em varias áreas das nossas vidas, desde o momento que começou a se desenvolver passou a alcançar a sociedade, sendo impossível fugir dela. Não se trata de fazer juízo de valor sobre o processo de transformação da cultura em mercadoria, o fato é que a Indústria cultural existe e junto aos meios de comunicação de massa possui uma influência muito grande em relação aos indivíduos.

O tratamento que a Indústria cultural oferece aos seus produtos sejam eles artistas, musica, filmes e também idéias e conceitos é muito bem elaborado e embutem uma sedução que nos atiça a comprar determinada idéia ou produto.Esse potencial que a Industria e os meios de comunicação possuem de nos influenciar a abraçar determinado conceito, idéias e valores não foi ignorado pela Igreja Católica.Ao longo do tempo a Igreja Católica por uma serie de fatores que vão além da simples perda de fiéis para outras religiões vem perdendo o espaço que sempre ocupou no imaginário da sociedade.

A Igreja buscou estratégias para recuperar os afastados e trazer novos fieis, se na história da igreja católica os meios de comunicação de massa já foram vistos como meros instrumentos do mal, hoje em dia o que se destaca é o potencial evangelizador dos meios.Na atualidade as Igrejas tanto Católica quanto protestantes buscam ocupar o espaço midiatico, por reconhecerem a força que esta inserção tem para dar visibilidade social e para atrair o rebanho de fieis.E a Industria Cultural que visa o lucro, percebe este mercado consumidor e devolve para a sociedade produtos específicos para este publico alvo.Como já foi dito anteriormente não se trata de avaliar se é bom ou ruim é importante entender como acontecem essas mudanças e as conseqüências que elas podem trazer.

TOP da música gospel

	1. Deus Tem o Melhor Pra Mim Fernandinho
	2. Sonda-me, Usa-me Aline Barros
	3. Deus do Impossível Toque no Altar
	4. Marca da Promessa Trazendo a Arca
	5. Ainda Que a Figueira Fernandinho
	6. Mais Que Vencedor Diante do Trono
	7. Sou Humano Bruna Karla
	8. A Batalha do Arcanjo Damares
	9. Digno de Louvor Renascer Praise
	10. Tua Visão Diante do Trono

Os Concílios

De tempos em tempos, conforme as necessidades da Igreja são realizados os Concílios - reunião de todas as autoridades eclesiais no intuito de discutir sobre a doutrina, a fé e os costumes. O Concílio Vaticano II, iniciado pelo Papa João XXIII em 1962 e encerrado em 1965 pelo Papa Paulo VI, tratou nitidamente da relação da Igreja com os meios de comunicação, algo que até então não era mencionado. Inúmeros documentos foram elaborados para legitimar essa nova postura da Igreja, neles fica evidente a importância que passou a ser dada aos meios. A partir deste acontecimento a Igreja se torna mais flexível acerca da utilização dos meios de comunicação de massa para a evangelização, no entanto, “não é suficiente, portanto, usá-los para difundir a mensagem cristã e o Magistério da Igreja, mas é necessário integrar a mensagem nesta ‘nova cultura’, criada pelas modernas comunicações” (RM, n. 37c). Com essa nova relação, Igreja e Meios de comunicação, surgem novas oportunidades e alternativas para a evangelização, mas surgem também diversas preocupações. Ao adentrar na cultura dos novos meios, a Igreja se depara com um choque de valores, pois os meios de comunicação em si, essa nova cultura que é gerada, apresenta valores que são contrários aos da Igreja. Em decorrência deste episódio surge a Renovação Carismática Católica, a qual objetiva pôr em prática as novas determinações do Concílio Vaticano II. O surgimento da RCC representa um marco na história da Igreja, considerando que a partir dela a comunidade experimenta a ação do Espírito Santo (Pentecostes).

Anos 2000

Na década de 2000, o referencial da Contemporary Christian Worship (CCW) se instala no Brasil com a "Adoração Profética". Multiplicam-se os cantores que saem em carreira solo, como Priscila Martinez, Aline Barros, CeCe Winans entre outros. Muitas igrejas evangélicas rompem com os padrões do passado e aceitam a chamada "Dança Profética" como forma de adoração nas congregações. Um dos pioneiros na Dança Profética no Louvor, foi o ministério mineiro Diante do Trono, que ja vinha experimentando desde o final da década de 1990. Esse ministério também foi um dos grandes impulsionadores da música cristã para o Brasil, levantou-se a visão: Brasil Diante do Trono, onde foram visitados todos os estados e gravado cinco álbuns um em cada região, além dos grandes sucessos e shows com milhares de pessoas.
Surgem inúmeros cursos de formação de ministros de louvor. Com os meios de produção da música gospel organizados, os evangélicos passam a investir em iniciativas que tragam visibilidade a este gênero musical: com a criação da ExpoCristã, além de grandes ajuntamentos. A música gospel passa a ser conhecida não só pelo seu aspecto religioso e artístico, mas também pelo poder econômico, tendo em vista o encolhimento do mercado fonográfico secular e o crescimento vertiginoso do segmento gospel.
A tecnologia também dá o tom do crescimento da música gospel, além do comportamento interativo do público. Surgem as ligas de blogueiros evangélicos, comunidades virtuais e sites especializados em conteúdo gospel. Disseminam-se as práticas de Podcasting e Web rádio e fenômenos ligados à Interatividade na rede mundial de computadores: edição de clipes não-oficiais, veiculação de material gospel em correntes de e-mail, edição de discos não-oficiais de Playback, dentre outros.
Também é percebida a diversificação dos produtos fonográficos ligados à música gospel, com efeito também sobre os eventos do gênero. Além do reconhecimento deste estilo musical como manifestação cultural, pela Lei 8.313/91 (Lei Rouanet).